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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O CADÁVER


Como pode tão branca derme
não atrair da terra os vermes,
E nem do céu a neve como berne
Deste frio cadáver embalsamado em germe?
Do vinho ao sangue que me lavo,
Da carne a alma em que me salvo,
Sou tão cadáver quanto tu, princesa deste salmo,
Sou tão abstrato quanto o fundo de seu covil…um palmo.
Como pode uma mão tão fria
Ocultar como um vel
Os olhos de um anjo ao cair do céu?
Espero-te no inferno perguntar-me em prosa
O por que parei de me alimentar de tua carne,
Responderei em versos que tua alma é mais saborosa.

Lord Byron.

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